A hipnose é uma alteração momentânea no estado de consciência da sua mente, enquanto a hipnoterapia é a utilização da hipnose como ferramenta para tratar diversos sintomas, agindo diretamente na causa desses problemas, no inconsciente.

A hipnose e a hipnoterapia são ferramentas terapêuticas versáteis, com aplicações que vão do alívio da dor à modificação de hábitos e gestão de emoções, apoiadas por evidências científicas e reconhecidas por associações profissionais. Ao procurar um hipnoterapeuta qualificado, pacientes podem se beneficiar de uma abordagem complementar para diversos desafios de saúde mental e física.

A hipnoterapia funciona ao acessar estados de atenção focalizada e relaxamento profundo para aplicar sugestões terapêuticas, apoiando tratamentos de saúde mental, dor e distúrbios psicossomáticos. Apesar de reconhecida por entidades como APA e NHS, sua eficácia depende da condição tratada, do protocolo utilizado e da sugestionabilidade individual. A escolha de um profissional qualificado e o uso de hipnoterapia como parte de um plano terapêutico integrado são fundamentais para resultados seguros e eficazes.

A hipnoterapia é geralmente considerada segura quando realizada por profissionais qualificados e em ambientes adequados. No entanto, como qualquer técnica terapêutica, existem riscos potenciais associados ao uso inadequado ou por pessoas sem formação adequada. Abaixo, explico os principais pontos relacionados à segurança da hipnoterapia:

1. Segurança em Contexto Clínico
Quando aplicada por profissionais de saúde (psicólogos, médicos, psiquiatras) com treinamento específico, a hipnoterapia é reconhecida como uma ferramenta eficaz e de baixo risco. Ela é utilizada para tratar ansiedade, depressão, fobias, dores crônicas e vícios, entre outros 36.

Controle do paciente: Mesmo em transe, a pessoa mantém a consciência e pode interromper a sessão a qualquer momento. Não há perda de controle ou manipulação forçada 46.

Ambiente controlado: Em clínicas, o paciente geralmente está sentado ou deitado, minimizando riscos físicos como quedas 17.

2. Riscos Potenciais
Alguns perigos estão associados a práticas irresponsáveis ou a condições pré-existentes do paciente:

Efeitos colaterais raros: Tontura, dor de cabeça ou ansiedade temporária podem ocorrer, principalmente em pessoas sensíveis 39.

Falsas memórias: Durante o transe, há risco de o paciente criar lembranças distorcidas ou implantadas por sugestões inadequadas 79.

Reativação de traumas: Reviver experiências traumáticas sem preparo pode desencadear crises de pânico ou ansiedade 19.

Riscos físicos: Em induções rápidas (como em shows de hipnose), há chance de desequilíbrio ou lesões por catalepsia (rigidez muscular extrema) 17.

3. Contraindicações
A hipnoterapia não é recomendada para:

Pessoas com psicose, esquizofrenia ou epilepsia não controlada, pois o transe pode agravar sintomas 39.

Indivíduos com transtornos dissociativos graves, que podem perder a noção de realidade durante a sessão 9.

Casos onde há suspeita de doenças físicas não diagnosticadas (ex.: dores crônicas que podem indicar tumores), já que a hipnose pode mascarar sintomas sem tratar a causa 7.

4. Importância do Profissional Qualificado
O maior risco está na falta de ética ou formação do hipnoterapeuta. Por exemplo:

Charlatanismo: Promessas de “curas milagrosas” ou uso da técnica para manipulação 67.

Prática ilegal: No Brasil, apenas profissionais de saúde podem aplicar hipnoterapia. Não é permitido diagnosticar doenças ou prescrever medicamentos sem registro 7.

Hipnose de palco: Demonstrações públicas envolvem seleção de participantes sugestionáveis e podem expor pessoas a situações constrangedoras ou perigosas 96.

5. Como Minimizar Riscos
Escolha profissionais certificados: Verifique se o hipnoterapeuta tem formação em saúde e certificação reconhecida (ex.: Sociedade Brasileira de Hipnose) 67.

Evite auto-hipnose sem orientação: A menos que ensinada por um especialista, pode gerar resultados imprevisíveis 3.

Comunique histórico médico: Informe ao terapeuta sobre traumas, condições psiquiátricas ou medicações em uso 9.

Conclusão
A hipnoterapia não é perigosa quando praticada com ética, profissionalismo e conhecimento técnico. Seus benefícios (como redução de estresse e tratamento de vícios) são comprovados cientificamente 811, mas a segurança depende diretamente da qualificação do profissional e do respeito aos limites do paciente. Para evitar riscos, priorize clínicas especializadas e evite contextos não terapêuticos, como shows ou terapias alternativas sem respaldo.

Não, não existe risco de uma pessoa ficar “presa” à hipnose. Esse é um mito comum, muitas vezes alimentado por filmes e representações fictícias. Na realidade, a hipnose é um estado de relaxamento e concentração, no qual a pessoa permanece consciente e no controle durante todo o processo. Ela pode sair do transe hipnótico a qualquer momento, se assim desejar.

O transe hipnótico não é um lugar de onde se precisa “voltar”, mas sim um estado mental temporário. Mesmo que o hipnoterapeuta interrompa a sessão abruptamente, a pessoa naturalmente retorna ao seu estado normal de consciência em pouco tempo .

É importante ressaltar que a hipnose é uma técnica segura e eficaz quando conduzida por profissionais qualificados. Ela é utilizada para tratar diversas questões, como ansiedade, fobias e traumas, entre outras. Portanto, não há motivo para receio quanto à possibilidade de ficar “preso” em hipnose.​

​Não, a hipnose não dispensa tratamentos médicos. Ela é considerada uma terapia complementar, ou seja, pode ser utilizada junto com tratamentos médicos convencionais, mas não deve substituí-los. A hipnoterapia pode auxiliar no alívio de sintomas como ansiedade, depressão, dores crônicas e fobias, mas sempre deve ser conduzida por profissionais qualificados e em conjunto com o acompanhamento médico adequado.

É importante ressaltar que interromper ou modificar o uso de medicamentos prescritos sem orientação médica pode ser perigoso. A hipnose pode potencializar os efeitos positivos de outros tratamentos, mas não substitui a necessidade de cuidados médicos tradicionais.

Além disso, a hipnose é reconhecida por diversas entidades de saúde, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), como uma ferramenta terapêutica válida quando utilizada de forma ética e profissional.

Portanto, se você está considerando a hipnoterapia, é fundamental buscar profissionais qualificados e manter o acompanhamento médico regular para garantir um tratamento seguro e eficaz.​